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No post anterior, falei muito sobre Steven Spielberg e eis que hoje me deparo com o trailer de seu novo filme que deverá chegar por aqui no dia 23/12/2011. Trata-se do longa “As Aventuras de Tintim – O Segredo do Licorne (The Adventures of Tintin – The Secret of the Unicorn)”.

Para quem não conhece Tintim, o personagem foi criado pelo autor belga Georges Prosper Remi, mais conhecido como Hergé, em 1929. Tintim é um jovem repórter belga que sempre é auxiliado pelo seu cão Milou em suas aventuras.

O filme é adaptação de uma das histórias criadas por Hergé. A direção é de Steven Spielberg e a produção também conta com a presença do competente Peter Jackson (O Senhor dos Anéis) e Kathleen Kennedy, parceira de Spielberg em vários filmes.


De J.J. Abrams. Com Joel Courtney, Kyle Chandler, Elle Fanning, Riley Griffiths. 112 minutos. Ficção Científica. 2011.

Depois de presenciar um misterioso acidente de trem, um grupo de amigos começa a testemunhar estranhos acontecimentos ao redor de sua pequena cidade no verão de 1979. A partir daí, começam a investigar estranhos fenômenos enquanto rodam um curta-metragem em “super 8”.

Há quem diga que “Super 8” seja uma homenagem do diretor e roteirista J.J. Abrams (Lost, Fringe, Cloverfield, Star Trek) para o produtor Steven Spielberg (ET, Contatos Imediatos do Terceiro Grau, Guerra dos Mundos, A Lista de Schindler). Pra mim, a homenagem limita-se ao roteiro.

Este é o tipo de filme, produzido por Spielberg, que será lembrado como um “filme do Spielberg”, no sentido de que a maioria das pessoas creditarão à ele a direção, pois o filme tem tantos símbolos spilberguianos que é impossível o nome J.J. Abrams não ser eclipsado pelo forte (e até mitológico) Steven Spielberg.

Esse fenômeno já aconteceu, por exemplo, na trilogia “De Volta Para o Futuro”. Quase ninguém se lembra que o diretor desses filmes foi Robert Zemeckis. Na visão popular, são “filmes do Spielberg”. Ao meu ver, J.J. Abrams é um coadjuvante em seu próprio filme, foi engolido impiedosamente por Spielberg e deixou que isso acontecesse. E digo mais: sua presença é completamente dispensável nesta produção.

Para se ter uma ideia, o filme é tão spielberguiano, que até a arte do cartaz (reproduzido abaixo) segue um estilo muito usado nas produções oitentistas de Spielberg, como os cartazes dos filmes de “Indiana Jones”.

É um bom filme. Diverte e mantém o ritmo. Pode até ser uma trama batida, a do alienígena que na verdade está assustado e faz o possível para fugir/voltar para seu planeta natal e a dos adolecentes que caem de cabeça na bagunça. E põe bagunça nisso.

Enquanto filmam um curta-metragem usando uma câmera “super 8” numa estação ferroviária, uma caminhonete entra na linha e causa um acidente espetacular descarrilando um trem, enquanto a câmera continua a registrar os eventos.

Misteriosos cubos são revelados em meio aos escombros dos vagões e uma estranha criatura acaba fugindo. É questão de tempo a chegada dos militares na cena enquanto os adolescentes fogem para suas casas. É impossível não se lembrar de “Contatos Imediatos do Terceito Grau” em determinados momentos.

Segue o paralelo do drama particular do garoto Joe Lamb (Joel Courtney) que perdeu sua mãe num acidente de trabalho e do alienígena que “se perdeu” e é perseguido em nosso planeta, até que a máxima “coisas ruins acontecem, mas ainda podemos viver” se revela de maneira inocente, quase infantil, dando um toque melancólico e final à trama.

É impossível também não se lembrar de ET no final do filme, onde a trilha sonora de Michael Giacchino cumpre seu papel no clima catártico, apoteótico, sentimental e de libertação das sequências finais. Mas cá entre nós, seria melhor se John Williams* fosse o compositor. Seria mais coerente. Nota 9,0.

*John Williams compôs as trilhas sonoras de vários filmes de Steven Spielberg.

Cartaz do filme